Duas perguntas numa só!
E que perguntas, ora bem para uma resposta daquelas como deve ser, com todos os “efes” e “erres” saíamos daqui com um tratado de viticultura. Não, não se assuste, vamos abordar estes temas mas duma forma simples, fácil e quase intuitiva.
Falemos primeiro das castastratando as tintas lado a lado com as brancas, pois as questões que afectam umas são comuns às outras. Chega de retórica, vamos ao que interessa.
A natureza está muito bem feita e na sua infinita sabedoria criou castas que se adaptam na perfeição ao sítio onde são plantadas, respondendo bem – leia-se produzindo boas uvas – às condições climatéricas. Assim há castas que se dão melhor em climas húmidos e outras em secos; outras respondem melhor em altitude; umas necessitam mais sol do que outras, e assim por diante. Logo o homem que não é estúpido escolhe criteriosamente as castas que pretende como suas, por forma a ter boas produções e de uvas de qualidade, argumentando ao paradoxo nunca plantará castas que necessitem de muita água num clima quente…
Claro que temos aqui que recordar que uma uva bem criada e equilibrada contribui de forma directa para termos bons vinhos e recordemos que influencia directamente o grau alcoólico do vinho,elemento determinante para uma boa vindima. Aqui chegados creio que a escolha das castas está esclarecida.
As regiões são igualmente determinantes para a produção de vinhos, pois pelo menos duas coisas acabam por influenciar de forma determinante na produção de vinhos: os solos e o clima.
Assim, numa região muito chuvosa nunca teremos bons vinhos tintos, nem numa região quente teremos vinhos brancos leves e acídulos, daí termos bons vinhos tintos no Alentejo e bons vinhos verdes no Minho.
Mas não ficamos por aqui, se na nossa região as terras são de areias não devemos, não podemos, nem queremos plantar aí vinhas de castas que não se dêem bem neste tipo de solos sob pena de só termos desgostos em vez de uvas. E o mesmo se aplica a todos os tipos de solos.
Aqui chegados já percebemos que as escolhas das castas são decisivas para a obtenção dum bom vinho seja ele branco ou tinto. Assim há toda uma arte e trabalho na escolha das vinhas – castas – que melhor se adapta não só ao tipo de vinho que pretendemos, isto porque há castas todo o terreno mas atenção porque têm respostas diferentes. Dou um exemplo, a casta Touriga Nacional, encontramo-la no Douro, em Lisboa, na Península do Sado, no Alentejo e em cada sítio destes por força do terreno e do clima responde de formas diferentes pelo que se obtém vinhos com características diferentes, eis que estamos no domínio da magia, da paixão, da arte. Veja o caro leitor com a imensidão de castas que há, as possibilidades de criar o vinho perfeito…
Lembre-se que raros vinhos são obtidos a partir duma só casta – os ditos “extreme” – agora veja todo o trabalho e variáveis associados à produção dum vinho, daquele que você gosta e acha perfeito. Imaginava que fosse assim?
Deixe que lhe diga que a esta ligação das castas com a região se convencionou chamar de “terroir”.
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